A tua ausência
Como posso eu respirar?
Estava tão habituada a ter-te ao meu lado, todos os dias, todas as horas, todos os minutos em que te desejava.
E agora? Estás tão longe!
Partis-te! Fugis-te! Deixaste-me só!
São noites e noites sem rumo, perdida numa maré de sentimentos sofridos.
São gritos e gritos afundados na dor de não te ter.
Poderia confiar-me ao silêncio mas a esperança de que vais voltar rapidamente é soberana ao pensamento racional.
Escondo-me do mundo, vivo tempos dificeis, mas a esperança mantém-se imortal.
Estou presa a suposições, ilusões e sentimentos inúteis.
A dor que sinto alucina-me e faz-me desejar ainda mais que aqui estejas para seres o meu porto de abrigo.
(...)